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História da Arte Contemporânea

A História Contemporânea  é a fase atual que estamos vivendo da história da humanidade. Sucede a  História Moderna.

 

A historiografia tradicional divide a história da humanidade em períodos: História Antiga, História Medieval, HistóriaModerna e História Contemporânea. Segundo esta concepção, a humanidade tem sua história dividida em períodos que correspondem a eventos ocorridos no continente europeu ou em decorrência das ações de seu povo. Isto denota a forma tradicional de periodizar a história como fortemente eurocêntrica. Essa forma de encarar a história da humanidade está sendo amplamente revista atualmente, pois é preciso se levar em consideração a existência de grandes civilizações com grandes culturas ao longo da história também fora do continente europeu.

A História Contemporânea, segundo os historiadores, tem seu início marcado pela Revolução Francesa, em 1789. De acordo com essa idéia, modificações nas estruturas sociais ocorreram para caracterizar uma nova fase. O evento ocorrido na França derrubou as marcas do Antigo Regime que dividiam a sociedade em escalas dentro de uma pirâmide, na qual o rei e a nobreza ocupavam a posição mais alta, seguidos pelo clero e depois todo o resto da sociedade, incluindo camponeses e burguesia. O fato é que a classe burguesa já representava um importante grupo na ordem social e não recebia a devida consideração em troca, o que os levou a derrubar uma organização social já arcaica.

O Iluminismo  teve grande influência na confecção de um novo período da humanidade, levantando a bandeira da razão e propaganda que as ciências seriam capazes de propiciar um progresso da civilização humana. O advento da nova fase colocou o indivíduo em destaque na história, capaz de definir seu próprio futuro. Ao contrário do que existia antes, quando o indivíduo era ligado a certa condição determinada pelo seu nascimento.

A História Contemporânea concretizou a presença determinante do capitalismo no cotidiano da humanidade. Exatamente por isso, surgiram novas teorias da vida humana em realidade alheia ao capitalismo. A consolidação de várias potências capitalistas desencadeou uma forte corrida por domínio de regiões fornecedoras de matéria-prima e consumidoras dos produtos industrializados. As tensões resultantes da corrida capitalista resultaram em esmagadoras guerras no século XX, colocando em questão a evolução da civilização.

Outros eventos também caracterizam fortemente a História Contemporânea. O novo período marcou as independências das antigas colônias européias, embora o imperialismo tenha gerado um novo tipo de dependência, a econômica. No século XIX há de se destacar as unificações tardias de Itália e Alemanha, as quais desencadearam a instabilidade na Europa com a entrada de novos países na corrida imperialista.

No século XX, as Guerras Mundiais, a Revolução Russa, a Crise de 1929, a Descolonização da África e a Guerra Friaderam as marcas do novo período. No século XXI, dois eventos foram importantes, até o momento: o Atentado Terrorista de 11 de Setembro e a Crise Econômica de 2008-2009. Entretanto, o questionamento sobre o caráter eurocêntrico de se dividir a história e o evento terrorista de 2001 está predizendo uma nova fase da história da humanidade. Alguns historiadores já arriscam a dizer que estamos vivendo a História Pós-Contemporânea. Embora o termo não seja dos melhores, essa nova concepção se baseia no fato de que a soberania dos Estados Unidos, a grande potência mundial da era Contemporânea, tenha sido abalada com o atentado. Daí novas relações mundiais se desencadeariam.

 

> Neoclassicismo

 

 

Entre o século XVIII e XIX, no final de um e início do outro surge o estilo chamado Academicismo (nas academias mantida pelo governo europeu, seria ensinada as concepções da arte greco-romana) ou Neoclassicismo (volta da arte greco-romana), na França. 

 

De acordo com os neoclassicistas, só haveria arte, se os artistas resgatassem os ideais gregos e renascentistas. Dessa forma, a arte nesse período era considerada bela.

 

Nas escolas de belas-artes, os alunos deveriam conhecer a arte do período antigo e por isso era produzida  baseada na técnica e nas conveções gregas e romanas. 

 

 

A arquitetura neoclássica


Em todas as partes, via-se a arte grega e o renascimento. Um exemplo está nas edificações, como em casas ou em templos religiosos, colunas, frisos, estátuas, planta dos edifícios com forma de cruz, etc. As obras arquitetônicas que mais se destacaram foram: A igreja de Santa Genoveva, projetada por Jacques Germain Souflot, um dos primeiros arquitetos do estilo, e, a Porta de Brandemburgo, localizada em Berlim, projetada pelo arquiteto Karl Gotthard Langhans.

 

A pintura do neoclassicismo


A pintura é inspirada na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana, principalmente em Rafael, um pintor que se destacou por usar o equilíbrio entre as cores. As Revoluções Francesa e Industrial causaram grandes mudanças nas artes nesse período. Geralmente as obras expressavam fortes emoções e um realismo, fazendo da obra uma grande influência para a época.

 

Principais Pintores

 

 

  • Jacques Louis David (1748-1825) - pintou fatos relacionados à vida do Imperador Napoleão, se tornando pintor oficial.  As características encontradas em suas obras foram: realismo, emoção, sentimentos, o imperador, etc.

 

  • Jean Auguste Dominique Ingres (1780-1867), através de David, que o influenciou no período, suas obras possuiam cenas da mitologia grega e da história, assim como retratos e pessoas nuas que deixavam muita crítica. Ele soube retratar a fisionomia da sociedade da época. 

 

 

 

> Romantismo

 

Os românticos se caracterizam por estar em oposição à arte neoclássica. Eles queriam se libertar das regras e valorizar o estilo do artista na obra. Ela se caracteriza por aderir os sentimentos, a imaginação, o nacionalismo e a natureza, através das paisagens.

 

Presenciamos um contraste entre o estilo anterior e o Romantismo que surgiu por volta do século XIX. Século agitado por mudanças social, políticas e culturais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa.


A pintura romântica


Suas características se aproximam da arte barroca:

  • dinamismo, através de uma composição em diagonal;

  • valorização das cores e dos contrastes claro-escuro;

  • busca das emoções humanas e de fatos da história da época.

 


Principais artistas

 

  • Francisco José Goya y Lucientes (1746-1828) - o artista mostrou por meio de retratos, o povo, as personalidades da época, a guerra, as cenas históricas. Como a pintura de certos temas vinham a se consolidar dentro do estilo, ele buscou um modo de represetar a história de modo mais geral. Como disse, Lionello Venturi, " a pintura de Goya é um simbolo eterno da revolta popular contra a opressão".

 

 

  • Eugène Delacroix (1799-1863) - esse artista teve o privilégio de viajar com a comitiva do embaixador da França, afim de retratar e documentar os hábitos das pessoas daquela terra. Ele mostra a multidão, uso das cores e luzes e um foco nas obras de carater político.

 


A paisagem romântica


Apesar de já ser bem desenvolvida no século XVIII, foi nesse estilo que atingiu o seu ápice, principalmente na Inglaterra. Suas características são: realismo, utilização das cores da natureza, da luz, e outras, sendo essa última característica um preparo para as obras dos impressionistas. 

 

 

  • Joseph Mallord William Turner (1775-1851) - representou a natureza, suas cores brilhantes, variando entre os tons. Dentre as obras, se destacam: O Grande Canal, Veneza e Chuva, Vapor e Velocidade.

 

 

 

 

  • John Constable Constable (1776-1837) - voltados para obras da natureza, retrata os lugares em que ele mesmo nasceu e viveu. Com a luz em suas obras, conseguiu um efeito vivo e sereno. Suas obras que se destacam são : A Carroça de Feno.

 

 

 

> Realismo

 

O Realismo surge entre 1850 e 1900. Fruto das artes produzidas na Europa. Ele foi influenciada pela industrialização que dominava a época.

 

O homem contemporâneo entendeu que precisava ser realista, tendo uma visão mais técnica e deixando um pouco de lados as emoções humanas.

 

 

 

 A arquitetura  realista


Em busca de atender os novos desejos e necessidades das pessoas, provenientes da industrialização, os arquitetos foram capazes de criar cidades que tivessem fábricas, armazéns, lojas e outros estabelecimentos, para adequar tantos os trabalhadores, quanto a classe da época.

 

 


A escultura realista


Na escultura, o realismo dominou os artistas, sendo que as obras eram mostradas com elas são. Eles retratavam a sociedade e o contexto político da época.

 

 


Principais escultores

 

  • Auguste Rodin (1840-1917) - as obras desse artistas buscaram representar os pequenos gestos humanos, destacando as emoções, o romantismo e o lado mais natural do realismo. Suas obras foram alvo de muitas críticas.

 

 


A pintura realista


A pintura busca retratar a objetividade com que os cientistas retratavam os fenômenos, esquecendo, assim, os temas antigos, históricos e a imaginação. Sendo parte da criação, apenas, aquilo que é real. É nesse período que surge a "pintura social" que retrata os problemas dos trabalhadores da sociedade contemporânea


Principais pintores

 

  • Gustavo Coubert (1819-1877) - criador da pintura social, mostrando temas que retratavam o cotidiano, as classes sociais mais pobres e os trabalhadores do século XIX.

 

 

  • Édouard Manet (1832-1883) - suas obras retratavam mais a classe alta da época. Algumas de suas obras foram criticadas, por seguir as normas clássicas, mas suas obras se iniciaram. Elas ganham luminosidade, inovação e outros destaques, sendo elas quee foram as precursoras do impressionismo. Algumas delas foram: Tocador de Pífaro, Almoço no Ateliê e Bar de Folies-Bergère, e outras.

 

> Impressionismo

 

Movimento artístico que mudou a arte do século XX. As pessoas puderam apreciar as obras do período, numa exposição em Paris, em abril de 1874, mas ela foi mal vista por seus observadores.

 

 

Principais características:

 

  • Registro das alterações que a luz provocava nas cores da natureza;

  • As pinturas deveriam representar a cor que a luz do sol refletia nos objetos, pois elas se alteram com a luz;

  • Figuras sem contorno;

  • Sombras luminosas e coloridas;

  • Utilização da lei de cores complementares para dar contraste às imagens;

  • Não deve haver mistura de cores para formar diferentes tonalidades e cores.

 

Principais pintores:

  •  Claude Monet (1840-1926)

>> Preocupação com a captação dos matizes da luz consoante às horas do dia e em diferentes épocas do ano levou-o a pintar séries sobre o mesmo tema. Na dedicada à Estação de Saint-Lazare, capta os efeitos da luz, a fumaça e o vapor que fundem as silhuetas das locomotivas numa atmosfera envolvente. Na última série de grandes telas, concentra-se nos nenúfares do lago de seu jardim em Giverny. A obsessão pela luz dos seus primeiros quadros impressionistas acaba por transformar as formas destas plantas aquáticas em manchas multicoloridas abstratas.

 

  • Pierre Auguste Renoir (1841-1919)

>> Dança no Moulin de la Gallette (1876) e Almoço dos Remadores (1880-1881) - Cenas da vida popular com muitas figuras articuladas entre si por uma variada intensidade de cores e matizes de luz;

>> Enquadramentos fotográficos e técnica de pinceladas por pontos ou vírgulas cuidadosamente aplicadas, com as quais deposita nos seus quadros uma imensidade de notas cromáticas perfeitamente harmonizadas.

 

  • Camille Pissarro (1830-1903)

>> Passagem das paisagens realistas para a aplicação rigorosa do comportamento das cores primárias e complementares e da técnica de pinceladas pequenas e precisas.

 

  • Edgar Degas (1834-1917)

>> Pintor, escultor e fotógrafo, não se interessou apenas pela paisagem nem pela pintura ao ar livre, exceto em cenas de corridas de cavalos, nem seguiu a técnica de seus companheiros, pois manifestou preferência pela do pastel.

>> Desenho e enquadramentos de ângulos fotográficos;

>> Temas característicos: meninas bailarinas em sessões de ensaios de bailado; nus em momentos íntimos de banho e toucador.

 

> Neo-Impressionismo

 

O Neo-Impressionismo foi um desenvolvimento do Impressionismo e também uma reacção a ele - que buscava fundamentalmente trabalhar com a cor e a luz a partir de conhecimentos científicos, como a óptica e as cores em progresso, baseados em autores como Eugène Chevreul e David Sutter e Charles Henry.

Nesse ponto, diferencia-se, portanto do Impressionismo, mais baseado na espontaneidade.

Os principais expoentes desse movimento francês expuseram, junto com os Impressionistas, na Exibição Final deste grupo, em 1886. O primeiro a utilizar-se dessa denominação foi o crítico Félix Fénéon.

O pontilhismo, ou divisionismo, como preferiam nomear uma das técnicas bases do movimento estudava a decomposição de cores naturais nos matizes (nuances) que as compunham.

 

 

PONTILHISMO s.m. Pintura Técnica dos pintores neo-impressionistas, que consiste na decomposição dos tons, justapondo pequenas pinceladas sob a forma de pontos, em vez de fazer a mistura das cores na palheta. O mesmo que divisionismo e neo-impressionismo.

A partir daí, esses matizes deveriam ser passados para a superfície onde a pintura seria realizada em seu estado mais puro ou primário, como pinceladas mínimas ou simples pontos.

Deixavam para o observador das obras a função de reconstituir esses matizes, misturando-os visualmente.

Esses pontos de cores em estado primário, quando observados numa distância calculada, deveriam apresentar o máximo de luminosidade, realidade de cores e brilho.

Suas composições eram altamente formalizadas, com pinceladas calculadas para melhor atingir os efeitos cromáticos pretendidos e poses calculadas.

 

Pintores:

  • Georges Seurat (1859-1891)

>> Impressão da solidez das composições da pintura clássica à pintura impressionista;

>> Sua pintura partia do fascínio impressionista pela luz e pelos assuntos do dia-a-dia do Sena e dos espetáculos de circo;

>> Síntese da cor e técnica impressionistas com as figuras projetadas em perspectiva geométrica e diferenciadas da atmosfera ambiental pela nitidez das suas silhuetas;

>> Reflexão sobre a permanência das formas e o comportamento das combinações das cores primárias e complementares;

>> Pinceladas muito pequenas e de formas geométricas e justaposição das cores como peças de um mosaico.

 

  • Paul Signac (1863-1935)

>> Foi um profissional de grande importância em sua época, pois junto com o pintor Georges Seurat ajudou no desenvolvimento do pontilhismo que foi muito utilizado por outros pintores.

>> Depois de feita a sua opção passou a pintar paisagens da Europa e por onde passava fazia uma grande obra e nos últimos anos de sua vida pintou algumas cenas vistas na França dentro da cidade.

>> Deixou o estilo impressionista para adotar ao pontilhismo que ele mesmo ajudou a criar, com esse novo estilo deixou as pinceladas curtas. Em suas idas e vindas pela Europa conheceu muitos pintores de renome e de alguns deles se tornou amigo.

 

 

> Pós-Impressionismo

 

Normalmente designa-se o período artístico dos últimos vinte anos do século XIX, como pós-impressionista e reduz-se aos quatro grandes pintores Henri de Toulouse-Lautrec, Cézanne, Gauguin e Van Gogh, mas a realidade cultural e artística era muito mais complexa e dispersa.

Contudo, o pós-impressionismo não deve ser entendido como um movimento pictórico, mas como um período artístico a partir de aproximadamente, 1886, quando da realização da última exposição do grupo impressionista.

 

Pintores:

  • Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901)

>> Desenhos e pastéis, lápis litográficos que retratam o mundo do circo, dos cabarés e bordéis e dos habitantes das zonas degradadas, sem nenhuma intenção moralista ou compassiva. Eleva-os à categoria de protagonistas dos seus cartazes publicitários e dignifica-oes com o seu traço modernista ou retrata-oes com um expressionismo de traçoes luminosos, à maneira de Degas.

 

  • Paul Cézanne (1839-1906)

>> Artista de lenta maturação e de insatisfação pessoal consigo mesmo como pintor;

>> Paleta mais luminosa e uma distribuição das cores por meio de pinceladas pequenas e justaposições;

>> Temas: paisagens e naturezas-mortas com frutos; 

>> Representação da realidade baseada na visão simultânea de cada forma de diferentes pontos de vista, sendo precursor do Cubismo.

 

  • Paul Gauguin (1848-1890)

>> Rompe com o mundo ocidental e parte em busca de um paraíso puro e primitivo ao embarcar para o Taiti, para onde se muda definitivamenteem 1895;

>> Novas e subjetivas harmonias de cores e figuras planas, como se estivessem representadas num tapete ou num vitral;

>> Valores simbólicos da cultura popular bretã primeiro e maori em seguida.

 

  • Vincent Van Gogh (1853-1890)

>> Via o mundo a partir de sua insatisfação e da necessidade de se apaixonar pelo mais vital e autêntico;

>> Viaja para Paris e descobre as cores alegres dos impressionistas  que renovam completamente a sua paleta e sua técnica, embora continue a aplicar abundantemente a massa pictórica que invade toda a tela;

>> Paisagens e retratos, onde exprime toda a sua louca paixão por representar a luz e a vida palpitante no olhar de seus autorretratos e de seus retratados;

>> A cor pura dos amarelos, vermelhos e azuis, aplicada por meio de grossos e vertiginosos empastamentos, era par aVan Gogh um modo de se libertar da sua mente atormentada e de exprimir a sua ansiedade espiritual de integração panteísta na natureza.

 

 

 

 

 

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