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A Pré-História é o período que compreende desde o surgimento do homem até o aparecimento da escrita, por volta de 4000 a.C.

 

Os vestígios encontrados em cavernas, vales e planícies (como ossos, utensílios, armas e outros objetos) nos ajudam a fazer um estudo mais detalhado do que foi a Pré-História.

O ser humano que viveu nessa época era um rude caçador e mais tarde se tornou um primitivo agricultor.

A Pré-História é dividida em 3 períodos:

 

PALEOLÍTICO (ou idade da pedra lascada)

Características
- É o período mais longo de todos

- O homem era coletor de alimentos e caçador
- Vivia de modo simples.
- Era nômade (não tinha casa e mudava sempre de lugar)
- Morava em cavernas (homem das cavernas) para se proteger do frio da chuva e dos animais.

No fim do Paleolítico (por volta de 10000 a.C.), as condições de vida começaram a mudar. O clima mudou e surgiram os desertos, conseqüentemente a caça diminuiu.

O homem, então, abandonou os lugares onde vivia e saiu em busca de novas terras que lhe pudessem dar sustento.

Passou a viver nos vales dos grandes rios e lagos, passou a ter moradia fixa (deixando de ser nômade).

Essas modificações marcaram o fim do Paleolítico.

 

NEOLÍTICO (ou idade da pedra polida – 10000 a 4000 a. C.)

Características 
- Desenvolvimento da agricultura (o homem não abandonou por completo a caça e a pesca; porém, isso deixou de ser a única fonte de alimento)
- Passou a cultivar trigo, centeio, cevada e outros produtos
- Domesticou o boi, o cavalo, a ovelha e outros animais
- Suas roupas eram feitas fibras vegetais (linho e algodão)
- Usou o barro para fazer potes, panelas, bacias e outros utensílios domésticos.
- Construiu casas sobre estacas (palafitas)
- Utilizou o osso, a madeira e a pedra polida na fabricação de seus instrumentos e armas, mais aperfeiçoadas.
- Desenvolvimento da religião

 

IDADE DOS METAIS

Características 
- O homem passou a usar metais (cobre, ouro e estanho) para fabricar instrumentos, ferramentas e armas
- Surgimento do bronze e do ferro

Os avanços na agricultura e a descoberta da escrita marcam o fim da Pré-História e início da História.

 

>Arte Rupestre

 

Arte rupestre é o nome da mais antiga representação artística da história do homem. Os mais antigos indícios dessa arte são datados no período Paleolítico Superior (40.000 a.C.); consistiam em pinturas e desenhos gravados em paredes e tetos das cavernas. Isso demonstra que o homem pré-histórico já sentia a necessidade de expressão através das artes, algo inerente ao ser humano. 

As representações feitas nas cavernas eram de grandes animais selvagens, na tentativa de tentar reproduzir as caçadas da forma mais real possível. O homem pré-histórico usava ossos de animais, cerâmicas e pedras como pincéis, além de fabricar suas próprias tinturas através de folhas de árvores, sangue de animais e excrementos humanos. 

Émile Cartilhac, um dos mais respeitados historiadores da Pré-História do final do século XIX, acreditava que as manifestações artísticas feitas nas cavernas eram algo de autoria dos criacionistas (aqueles que crêem que Deus criou o universo), pois assim, eles poderiam desmentir a teoria evolucionista de Charles Darwin, visto segundo ela, o homem da época não era dotado de capacidade suficiente para fazer aquilo. 

No entanto, a veracidade da arte rupestre foi comprovada mediante recentes reavaliações, demonstrando o alto nível de capacidade de arte do homem pré-histórico, que, com ferramentas básicas, produziu manifestações artísticas bastante relevantes para sua época, transformando as cavernas nos primeiros museus da humanidade. Os principais sítios de arte rupestre estão localizados na França, norte da Espanha, Itália, Portugal e Alemanha. 

 

 

 

 

Arte Pré-Histórica e Antiga

Idade Antiga

 

O período da Idade Antiga se estende de 4000 a. C. 476 d. C.

Já havia vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva.

O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo, a religião oficial do Império Romano.

Foi nesse período que iniciou a escrita e terminou com a queda do Império Romano do Ocidente.  

 

 

> Arte Egípcia

 

As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

 

  • Pintura Egípcia

Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos). 
As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc).

 

  • Escultura Egípcia


Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas de ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.
 

  • Arquitetura Egípcia


Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado. 

 

 

>Arte Mesopotâmica

 

Entendemos por povos mesopotâmicos, as civilizações que se desenvolveram na área das terras férteis localizadas entre os rios Tigre e Eufrates, denominada comumente “Mesopotâmia”. Entre eles estão os sumérios, os assírios e os babilônicos. 

As principais manifestações da arquitetura mesopotâmica eram os palácios, em geral muito grandiosos; como havia pouca pedra, as paredes tinham que ser grossas, pois eram feitas de tijolos. Os templos possuíam instalações completas, com aposentos para os sacerdotes e outros compartimentos. Um traço característico dessa arquitetura era o “Zigurate”, torre de vários andares, em geral sete, sobre a qual havia uma capela, usada para observar o céu. 

Os escultores representavam o corpo humano de forma rígida, sem expressão de movimento e sem detalhes anatômicos. Pés, mãos e braços ficavam colados ao corpo, coberto com longos mantos; os olhos eram completados com esmalte brilhante. As estátuas conservavam sempre uma postura estática ante a grandiosidade dos deuses. As figuras esculpidas em baixo-relevo se caracterizavam por um grande realismo. 

Na pintura, os artistas se utilizavam de cores claras e reproduziam caçadas, batalhas e cenas da vida dos reis e dos deuses. A produção de objetos de cerâmica alcançou notável desenvolvimento entre os persas, que utilizavam também tijolos esmaltados. 

 

 

> Arte Grega

Sofisticação, equilíbrio e harmonia. Essas são as principais características da Arte Grega, que representava o bem-estar do povo, a beleza e a igualdade. Exemplo disso é a pintura em cerâmica que mostrava cenas mitológicas e costumes gregos. 

Os vasos gregos são famosos não só por seus formatos mas pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço utilizado para a ornamentação, e eram utilizados em rituais religiosos e para armazenar alimentos. 

Na escultura, os gregos se inspiravam nos temas rurais, nos sentimentos humanos e nos demais aspectos do cotidiano. O antropomorfismo - representado nas esculturas humanas - também cultivava a perfeição das formas e a proporcionalidade. 

Grande parte das obras arquitetônicas da Grécia Antiga foi construída a partir das histórias de façanhas dos deuses e heróis da época. Elas foram divididas em três estilos: dórico (com linhas sóbrias e sofisticadas), jônico (com estilo elegante e leve) e coríntio (caracterizado por um capitel ornamentado em forma de folhas). Outro destaque da arte grega foram os imensos teatros.

 

 

> Arte Romana
 

A Arte Romana foi influenciada tanto pela arte etrusca quanto pela grega. Na arquitetura, os romanos adotaram o arco e a abóbada dos etruscos e os aperfeiçoaram, desenvolvendo novas técnicas de construção. Dos gregos, adotaram as colunas, mas sua originalidade estava sem dúvida no urbanismo, que fez de Roma uma cidade organizada para os padrões da época, cujas características gerais eram a busca do útil, o senso de realismo; a energia e o sentimento; a grandiosidade material e a idéia de força; o caráter diante da beleza. 

Além de muralhas, os romanos construíram túneis, templos, termas, anfiteatros, teatros, arcos e fóruns que existem até hoje, não só em Roma, mas em diversas partes da Europa, além de restos dos aquedutos e sistemas de condução de água, alguns ainda em funcionamento. 

Para a decoração de muros e pisos, os romanos utilizavam o mosaico. Já para decorar paredes internas, usavam quatro estilos diferentes: placas de mármore (as paredes eram recobertas com uma camada de gesso pintado dando impressão de serem mármore); janelas abertas (os artistas pintavam painéis criando a ilusão de janelas abertas por onde se viam paisagens com animais, aves e pessoas); detalhista (estilo que definia fielmente a realidade e valorizava a delicadeza dos pequenos detalhes); cenário teatral (reprodução de um cenário teatral com fundo vermelho e, ao centro, uma cópia geralmente de pintura grega). 

Na escultura, mesmo com toda essa influência, os romanos, ao contrário dos gregos, eram mais realistas e práticos do que idealizadores de beleza humana, esculpindo com mais êxito os imperadores e os principais homens da sociedade.

 

 

 

> Arte Paleocristã


A Arte Paleocristã foi criada por seguidores dos ensinamentos de Jesus Cristo, que não eram grandes artistas. Nesta época, eles foram perseguidos pelos romanos que desenvolviam sua arte colossal por toda a Europa e parte da Ásia. Por isso, os primeiros cultos dos cristãos foram celebrados em catacumbas e cemitérios subterrâneos de Roma. Essa foi a fase catacumbária da arte Paleocristã.
 

Justamente nesses muros e catacumbas, essa arte foi desenvolvida com extensa iconografia e símbolos cristãos, baseada em animais (pombo, cordeiro), figuras humanas (o bom pastor, o suplicante), passagens dos Evangelhos e símbolos,

como o monograma formado pelas letras gregas alfa e ômega, que representava "o Cristo como

princípio e fim".

 

Um exemplo de pintura simbólica que lembrava a Jesus Cristo era a figura de um peixe, pois essa palavra em grego (ichtus) forma as iniciais da frase: "Jesus Cristo de Deus Filho Salvador".


Com a legalização do Cristianismo, no ano 313 d.C, teve início a segunda fase da arte paleocristã: a fase basilical. Esse fato fez com que os ícones fossem adotados em mosaicos e miniaturas. Na mesma temática, a pintura bizantina competia com a riqueza do mosaico, sobretudo nas miniaturas sobre madeira, típicas do leste europeu, com figuras estilizadas do Cristo e da Virgem. 

As cenas religiosas decoravam os muros das igrejas para educar os fiéis iletrados. Era uma pintura esquemática e simbólica, de cores planas e perfis bem marcados. 

 

 

 >Arte Bizantina

A Arte Bizantina se desenvolveu na cidade de Constantinopla, alcançando seu apogeu durante o reinado de Justiniano (526 a 565 d.C.). Constituída por uma mistura de influências gregas, romanas, persas, armênias e várias outras fontes orientais, a arte Bizantina preservou, por quase um milênio, a cultura clássica grega. 

Um de seus maiores legados foi a arquitetura religiosa. Nesta época, foram erguidas diversas basílicas com seus mosaicos e pinturas, como a de Santa Sofia, uma das mais ricas e belas. As igrejas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada, e com imensas cúpulas, criando-se prédios enormes e espaçosos, totalmente decorados. 

A utilização do elemento mosaico não se destinava apenas a enfeitar as paredes e abóbadas, tinha também como função instruir os fiéis com imagens da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores. 

A pintura bizantina baseou-se em três elementos distintos: os ícones (pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Maria, de Cristo ou de santos); miniaturas (pinturas usadas nas ilustrações dos livros) e afrescos (técnica de pintura mural onde a tinta era aplicada no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação). 

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